9 de nov. de 2011

2 A Borboleta Falante

  Depois de uma noite cheia de sonhos com fadas, a pequena sonhadora acordou com o brilho do sol clareando seu quarto. Ela não se lembrava de ter deixado a janela do quarto aberta, não sabia se sua mãe abriu enquanto estava dormindo.
  Ao levantar para se espreguiçar, percebeu que havia uma borboleta pousada na janela, como se estivesse a olhando. A garotinha nunca fora chegada em insetos, sempre teve nojo. Sua primeira reação foi uma pontada de nojo, então se aproximou com cuidado da janela e assoprou a borboleta, para que ela voasse para longe e fosse embora.
  A borboleta bateu as asas e partiu.
  Aliviada, a menina se virou para trocar sua roupa, mas conseguiu ver pelo reflexo do espelho que a borboleta voltara.
  Incomodada, resolveu que fecharia a janela, para que assim a borboleta não tivesse mais para onde ir.
Quando se aproximou para fechar a janela, ela pôde ouvir um sussurro:
- Não feche! Por favor!
- Quem disse isso? - Olhou assustada ao seu redor.
- Sou eu, a Senhorita Borboleta!
  A garota começou a acreditar que estava perdendo a noção da realidade, estava ouvindo e imaginando coisas. Insistiu em sua tentativa, em vão, de encontrar quem estava imitando alguma voz para provocá-la, mas quanto mais ela procurava, mais percebia que estava a sós com a borboleta. Assustada, começou a gaguejar.
- Não tenha medo, sou apenas uma borboleta, sou eu quem deve ter medo de você. - Disse a borboleta
- De mim? Por que você deveria ter medo de mim?
- Você é gigantesca, pode acabar comigo em segundos. Sei que pode parecer loucura, mas mesmo assim, eu confio em você!
- Confia? Em Mim? Mas quem ou o que é você afinal? Que tipo de sonho estranho é este que estou tendo?
- Não é sonho! Sou uma borboleta falante, uma das ultimas sobreviventes da minha especie! Minha família teve terríveis problemas com predadores ou com pessoas da sua espécie. Mas eu vejo como você é diferente, você é uma prova de que a natureza ainda tem esperança.
- Como assim? Do que você está falando?
- Durante tempos, andei vagando a procura de um novo lar para deixar os ovos das minhas larvas, um lugar em que eu tenha certeza que eles estarão protegidos ate virarem larvas e depois se tornarem borboletas falantes. Fui atacada várias vezes, tentaram até mesmo arrancar minhas asas, mas, eu consegui escapar com vida de todas as tragédias. Até que cheguei à sua casa. Abri sua janela e esperei sua reação. Ao tentar me expulsar, você foi a mais delicada das criaturas, mostrou que não queria me machucar, isso fez de você digna da confiança da Borboleta Falante! Posso contar com sua ajuda?
  Ainda confusa, a garotinha respondeu um Sim meio abafado, não sabia como reagir.
  Então a borboleta agradeceu e partiu voando para algum lugar muito distante, deixando onde estava, alguns ovos brilhantes, minúsculos.
  A sonhadora estava encantada com aqueles ovos tão brilhantes e pequeninos. Estava se sentindo honrada e orgulhosa ao mesmo tempo.
  Ela sabia, nada estava perdido, a natureza não acabaria, ainda resta esperança.

2 (Ins)Pirações:

HONORATO, Sandro.

Olá :)
Bem original o seu texto *-*
Essa conversa também foi bem legal :)

Ah sim,vejo que namoras..desejo tudo de bom pra vocês ^^

Beijos

RAQUEL PAIXAO

Seu blog é lindo! *-*
Beijokas

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