Continuação da Parte 1 e Parte 2!
Aqueles olhos prateados confundiram totalmente o coração da menina. Quem é ele? De onde é? O que faz aqui? Será que ele também está com medo desses bichos? Pensava a menina. Sua cabeça havia se tornado um grande ponto de interrogação.
Entretanto, a jovem se lembrou do perigo que estavam correndo e que não havia tempo para perguntas. Virou-se para o rapaz dos olhos prateados, para mandá-lo fugir, mas este foi mais rápido:
- Afaste-se! - Gritou o guerreiro
Por instinto, a garota recuou alguns passos. Foram poucos passos, mas, foram o suficiente para que ficasse a salvo,
O rapaz sacou sua espada com uma das mãos e na outra, como num passe de mágica, um objeto estranho e dourado surgiu. Parecia uma balança feita de ouro, mas brilhava como uma estrela.
Então a garota presenciou a batalha que ficaria gravada para sempre em sua memória.
Os lobos, ao verem o brilho do estranho objeto, correram para atacar o garoto, que usou a balança como escudo. Quando os animais famintos tentavam atacar, davam de cara com uma parede invisível criada pela balança. Mesmo insistindo, nenhum dos lobos conseguiu penetrar o incrível escudo.
De repente, o maior dos lobos virou-se em direção da jovem, se preparando para atacá-la.Foi então que o jovem guerreiro surgiu na sua frente e ergueu a balança em direção dos lobos. Ela começou a brilhar muito, como o sol, assustando assim os lobos e fazendo com que eles fugissem.
Não houve feridos, não houve sangue, e agora estava tudo bem.
Assustada com a cena que vira, a garota não conseguiu conter que algumas lágrimas escorressem de seus olhos. Ao ver aquilo, o guerreiro recolheu sua balança e sua espada, e se aproximou da menina.
Agora ela podia vê-lo melhor. Tinha longos cabelos prateados, como seus olhos, era alto e estava descalço, usava roupas leves, nada de armaduras ou capacete, apenas aquele lindo olhar misterioso e preocupado em direção da atiradora.
Em questão de segundos, o rosto da menina já estava entre as mãos do guerreiro. Ela estava a salvo mas as lágrimas não paravam de brotar.
- Calma, está tudo bem agora. Não chore. Você não corre mais perigo nenhum. - Disse o rapaz.
- Obrigado. - Sussurrou a moça.
Mesmo na escuridão da noite, a Lua iluminava os jovens, e esta mesma lua se tornou cenário daquela troca de olhares apaixonados.
Continua...
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